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O cérebro e a imunidade: uma relação existente, mas que ainda não teve seus caminhos desvendados

Não raro ficamos sabendo a respeito de doenças que apareceram ou pioraram como reflexo do estado psicológico de alguém.

Doenças que acometem, com frequência, alguém que enfrenta estresse ou moléstias que se desenvolvem depois de passagens traumáticas (como a perda de um familiar ou de um animal de estimação) são exemplos de situações que estimularam o desenvolvimento exponencial da neuroimunologia.

Situações como as que exemplificamos indicam que – de alguma forma – o cérebro “comunica” o sistema imune sobre sua condição. No entanto, a forma como isso acontece ainda é um mistério.

Sabe-se, sim, que o processo todo envolve liberação e entrega de substâncias específicas, mas quais seriam elas e como, exatamente, isso acontece são questões que permanecem sem resposta.

De acordo com pesquisas desenvolvidas – recentemente – por pesquisadores da Universidade de Virginia (EUA), há fortes indícios de que seja o sistema linfático, a partir do cérebro, o responsável por comunicar a estrutura imunológica.

É que o sistema de vasos linfáticos não carrega sangue, mas sim linfa, e tem uma distribuição diferente da rede de vasos sanguíneos.

Se a “desconfiança” puder ser comprovada irá se descortinar uma relação efetiva entre o cérebro e o sistema imune e esta poderá ser estudada de forma mais coerente e organizada.

Pense só na revolução que isso representaria para a Medicina? Qualquer patologia – neurológica ou não – que contasse com componente imunológico poderia ser estudada sob ótica muito mais ampla, com inúmeras possibilidades de tratamento para as mesmas.

[Fonte: Veja.com / Letra de Médico]