Escândalos e mais escândalos no noticiário, mas a Petrobrás – pasme! – conserva o posto de empresa mais desejada pelos futuros engenheiros brasileiros.
A informação está em uma pesquisa anual, realizada por consultoria especializada. O levantamento mostrou que, dos 20.310 estudantes de engenharia entrevistados – em mais 130 faculdades do Brasil – 28,6% citaram a Petrobras como a empresa em que mais gostariam de trabalhar.
Agora adivinhe qual é a empresa que se mantém – também – firme e forte, no terceiro lugar do ranking das empresas mais desejadas pelos engenheiros ainda em processo de formação por aqui?
Se você chutou Odebrecht, acertou.
Curioso, não? Mergulhada em negociatas e falcatruas desbaratadas pela operação Lava-Jato, a referida empresa permanece, intacta, no imaginário dos estudantes como sinônimo de sucesso na carreira.
Especialistas da área destacam que é especialmente desafiador entender tal raciocínio, visto que as referidas empresas estão no centro da pior recessão já atravessada pelo país (vale lembrar que o Brasil, atualmente, está 8% menor do que estava em dezembro de 2014 e as taxas de desemprego são as piores em 20 anos).
Mas, do outro lado, os interessados respondem à questão.
Estagiários que, hoje, atuam na Odebrecht são unânimes ao explicar o porquê de se manterem em uma empresa que saiu das páginas de Economia para aportar na seção de Polícia dos noticiários nacionais:
“Quem errou já está sendo punido”.
O que eles estão dizendo com isso?
Simples, que conseguem separar o empregador das pessoas que tomaram as decisões erradas.
Eis a melhor forma de recuperar tais empresas. Força nova, consciente do papel importante que as companhias têm no país e disposta a resgatar – com trabalho honesto – o prestígio arranhado pela corrupção sistêmica.
[Fonte: Exame.com]