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Cada corpo é um corpo. As diferenças não podem ser negligenciadas. Novo Código de Ética dos nutricionistas proíbe uso de fotos com “antes e depois”

Se você esteve a par das notícias nos últimos dias, soube que uma bancária brasileira perdeu a vida depois de se submeter a procedimento estético – sem qualquer segurança – para preenchimento de glúteos.

Pois bem, a moça em questão teve acesso aos serviços oferecidos – por um certo “profissional de Medicina” – por meio das redes sociais. No ambiente virtual ele postava fotos com o “antes e depois” das pacientes e, dessa forma, aglutinava outras interessadas nos procedimentos em questão.

O “antes e depois”.

Eis uma modalidade de aliciamento que, desde o último 4 de junho, está terminantemente proibida pelo Novo Código de Ética que rege a prática da Nutrição.

Sim, aliciamento. A palavra não é forte demais.

A divulgação de imagens corporais de clientes (atribuindo os resultados obtidos a produtos, equipamentos, técnicas ou protocolos) está vedada para nutricionistas.

A justificativa do CFN é que os tratamentos podem não apresentar o mesmo resultado para todos e as imagens podem oferecer risco à saúde por trazer expectativas irreais aos clientes.

Vale lembrar que a proibição (e a punição) também inclui a divulgação de fotos por parte dos clientes agradecendo os serviços dos nutricionistas.Por isso, o Conselho recomenda que os profissionais solicitem a seus pacientes que não os marquem nas fotos divulgadas nas redes sociais.

O assunto, claro, está gerando muita discussão, mas o olhar voltado para este ponto específico é mais do que necessário.

Voltando ao tema abordado no início dessa conversa, se a bancária citada não tivesse sido estimulada por fotos com o “antes e depois” de outras pacientes, possivelmente não teria se submetido ao procedimento que terminou por abreviar sua vida.

O tema é muito sério e precisa ser amplamente discutido.

[Fonte: Estadão Online // Bem-Estar]