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Já ouviu falar no “sangue dourado”? É um fator Rh que pode ser doado para todos os outros e, por isso, salvar muitas vidas

Se a gente te perguntar qual é o seu RG, muito provavelmente você vai, praticamente, declamá-lo com aquela cadência de quem sabe um número de cor, de tanto que já o repetiu. Se o (a) indagarmos sobre o seu CPF, apostamos que a resposta será no mesmo tom, mas, e se te perguntarmos qual é o seu tipo sanguíneo? Você sabe responder rapidinho assim?

Antes de qualquer coisa vamos falar sobre o fator Rh. Trata-se de um importante antígeno presente no sangue de determinadas pessoas, cuja presença significa que a classificação será Rh+.

Os indivíduos que não possuem o tal antígeno – de forma natural – recebem a classificação Rh-.

A nomeação “Rh” vem a ser uma abreviatura de “Rhesus”, o nome do macaco no qual os cientistas Landsteiner e Wiener identificaram pela primeira vez a presença do antígeno que denominaram “fator Rh”. 

Existem quatro grupos sanguíneos nos seres humanos (A, B, AB e O) e, para determinar se o Rh de uma pessoa é positivo ou negativo, deve-se juntar uma solução com anticorpos Rh a uma gota de sangue da pessoa em questão (se houver aglutinação das hemácias, a pessoa tem Rh+, se não houver, a pessoa tem sangue Rh-).

Mas esta foi só uma (grande) introdução para falarmos sobre o assunto que nos fez vir conversar com você hoje.

Já ouviu falar no Rh nulo?

Também é conhecido como “sangue dourado” e leva este nome porque trata-se do tipo sanguíneo mais raro do mundo.

O nome é pomposo, chega até a soar elegante, mas quem tem este tipo sanguíneo corre muito mais riscos em situações de vida ou morte.

O tipo de sangue pode ser classificado como “nulo” quando os glóbulos vermelhos não contam com nenhum tipo de antígeno Rh.

Especialistas contam que este tipo de sangue foi detectado – pela primeira vez – em 1961, em uma mulher australiana. De lá para cá foram registrados apenas 43 casos de pessoas com Rh nulo no planeta!

Aff! Sério?

Sério!

Dependendo do ponto de vista, o sangue Rh nulo pode ser considerado como um “tesouro” (já que pode ser doado para qualquer pessoa) ou como um grande problema (visto que, se a pessoa precisar de transfusão, só pode receber sangue do mesmo fator Rh e este, como você já viu, é bem difícil de conseguir).

O sangue dourado tem alta capacidade de salvar vidas, mas, em contrapartida, pode fazer com que seu (ua) portador (a) padeça de anemia leve.

Segundo informações oficiais, os poucos que existem no mundo, hoje, estão distribuídos entre Colômbia, Brasil, Japão, Irlanda e Estados Unidos. 

Sim, tem sangue dourado por aqui!

De quem será?


[Fonte: G1 // Ciência e Saúde]