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Múmia de frade encontrada no Equador pode contar a história da poliartrite reumatoide no mundo

E se, séculos depois, uma múmia pudesse dar informações sobre os caminhos percorridos pela poliartrite reumatoide, doença que “saiu da América e chegou à Europa” muuuito tempo atrás?

É exatamente o que está acontecendo!

Um corpo mumificado do século XVI, encontrado no Equador, pode ajudar a traçar a história dessa dolorosa enfermidade.

O anúncio oficial foi feito pelo legista francês Philippe Charlier, que esteve no laboratório do Instituto Nacional de Patrimônio Cultural (INPC) para analisar os restos do novo “paciente”.

A informação é a de que os restos mortais em questão são de um frade de origem espanhola, batizado pelos cientistas como Fray Lázaro da Cruz de Santofimia.

Ao contrário de outros mortos enterrados, à época, dentro de igrejas e em caixões na posição horizontal, esta múmia foi encontrada em pé, tendo muros de pedra como única proteção (de acordo com a crença religiosa da época, as almas iriam rápido para o céu caso os corpos ficassem dispostos perto do altar de uma igreja).

Por ter ficado em um ambiente frio e seco, o corpo não foi atacado por larvas e moscas, o que permitiu a conservação dos tecidos com as características da poliartrite reumatoide.

Mas por que o encontro de tal corpo foi tão importante?

É que, hoje, é uma enfermidade muito comum no mundo todo, mas agora já se conhece a sua origem: americana.

O cientista Charlier reforça que o corpo do frei pode constituir o elo perdido, aquele que permitirá que possamos entender de que forma a poliartrite reumatoide deixou de ser – exclusivamente – americana para ganhar contornos globais.


[Fonte: Exame.com]