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Karen Uhlenbeck, setuagenária americana, é a primeira mulher a receber Prêmio Abel de Matemática

Você, certamente, já ouviu falar do Prêmio Nobel, honraria (composta por seis categorias) que – representando o último desejo do cientista sueco Alfred Nobel – a partir de 1895 passou a ser concedida a pessoas ou instituições que realizaram pesquisas, descobertas ou contribuições notáveis para a humanidade no ano imediatamente anterior ou no curso de suas atividades.

Mas e o Prêmio Abel, você conhece? 

Criado pelo governo norueguês, em 2003, tem por objetivo compensar a ausência de um Prêmio Nobel para Matemática. É uma homenagem ao matemático norueguês Niels Henrik Abel (1802-1829) e entrega seis milhões de coroas (R$ 2,6 milhões) ao vencedor.

O Abel é uma das mais prestigiosas distinções no mundo da Matemática, junto com a Medalha Fields.

Pois é, pela primeira vez, este incrível galardão foi concedido a uma mulher, a americana Karen Uhlenbeck, especialista em equações derivadas parciais.

Aos 76 anos, Uhlenbeck ainda atua profissionalmente, compartilhando conhecimento.  Leciona como visitante na Universidade de Princeton e é professora associada do Instituto de Estudos Avançados (IAS) dos Estados Unidos.

Nascida em Cleveland – de acordo com a Academia Norueguesa de Ciências e Letras – desenvolveu técnicas e métodos de análise global que estão, atualmente, na caixa de ferramentas de cada geômetra e analista.

Ativista em favor da igualdade de sexos nas ciências e matemáticas, Karen Uhlenbeck recebeu o Prêmio Abel 2019 – de acordo com as palavras do presidente da comissão Abel, Hans Munthe-Kaas – “em reconhecimento ao seu trabalho fundamental em análise geométrica e teoria de calibre, que transformou dramaticamente o cenário matemático”.

É...sentiu aí? Transformou o cenário matemático...dramaticamente!

Quem foi que disse mesmo que o território das Exatas é lugar para homem?


[Fonte: G1 // Ciência e Saúde]