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Pesquisadores do Google e médicos americanos conseguem identificar câncer de pulmão com recursos da Inteligência Artificial

Lá em 2001, quando Hollywood encantou o mundo com a história do primeiro menino-robô programado para amar, talvez não tivéssemos a real dimensão do que a inteligência artificial poderia fazer por nós no futuro.

O futuro chegou e, dezoito anos depois do pequeno David imaginado por Steven Spielberg levar milhões ao cinema, a participação do raciocínio sintético em nosso cotidiano é bem real e palpável.

Exemplo disso é um novo estudo, conduzido por pesquisadores do Google (em parceria com diversos centros médicos dos EUA), que revelou os ótimos resultados apresentados pela Inteligência Artificial na identificação de câncer de pulmão.

Trata-se de um recurso e tanto para cuidar da saúde da população. Segundo pesquisas, só no ano passado, a doença causou a morte de 1,7 milhão de pessoas.

Para chegar aos resultados já mencionados, os pesquisadores criaram uma rede neural com base em IA e a treinaram fornecendo diversas tomografias de pacientes cujos diagnósticos eram já conhecidos.

Resultado? 

Após testes com 6.716 casos, alguns revelaram o surgimento de câncer de pulmão, algumas tomografias apresentaram exames de pacientes saudáveis e outros exames apresentaram nódulos que depois foram identificados como cancerosos. O sistema obteve 94% de precisão.

O processo todo funciona baseado em um algoritmo que aprende à medida que é utilizado. Ele passa por um processo conhecido como aprendizado profundo (deep learning), recurso já utilizado para permitir que computadores compreendam a fala e identifiquem objetos.

“Usamos um conjunto de dados para o treinamento e demos uma aula ao sistema, aplicando provas rápidas para ajudá-lo a aprender o que é o câncer e o que pode ou não pode se tornar câncer no futuro”, explicou Daniel Tse, médico que gerencia o projeto do Google e co-autor do estudo.

Super interessante, não?

Ponto para a Ciência!

Será que, no longínquo 2001, Spielberg – o mago da imaginação fantástica – poderia idealizar algo neste nível?

A saúde – no mundo todo – agradece.

 

[Fonte: Revista Galileu]