É muito comum escutarmos falar por aí a respeito de prescrições médicas que, contendo os mais variados tipos de suplemento, destinam-se a melhorar o prognóstico ou a sobrevida em casos de câncer.
Nessas horas, o abecedário é grande e, não raro, inclui vitaminas, sais minerais, aminoácidos e extratos de plantas.
No entanto, infelizmente, estudos já comprovaram (utilizando critérios científicos rígidos) que nenhum suplemento nutricional melhora quadros de saúde que envolvam neoplasia maligna.
Aliás, sobre algumas dessas substâncias já pesaram suspeitas de terem ação exatamente inversa, ou seja, teriam aumentado a mortalidade causada pela doença.
Diversos estudos já comprovaram a ineficiência de suplementos para casos de câncer.
Em Washington, por exemplo, estudiosos acompanharam – durante dez anos – um recorte de pesquisa formado por 77 mil pessoas. Os resultados da observação revelaram que a suplementação com multivitaminas, vitamina C ou E foi totalmente ineficiente para o que se propunha, não reduziu o número de mortes decorrentes de diversos tipos de câncer.
Em um outro caso de investigação da ação dos suplementos, foi observado que a reposição de betacaroteno teve efeito inverso em pacientes operados de câncer de cólon. O uso dos suplementos fez aumentar o número de adenomas intestinais (lesões benignas que podem se transformar em malignas) nos que fumavam, consumiam álcool ou ambos.
Estes são apenas dois exemplos, existem muitos outros que provam a obsolescência de receituário – composto por suplementos – voltado para pacientes com tumores malignos.
A dica é seguir, sempre, o velho conselho, que tem toda a cara de ser “da vovó”, mas é atualíssimo: é necessário fazer todo o esforço possível para que os nutrientes dos quais o corpo precisa sejam obtidos por meio da alimentação.
[Fonte: https://drauziovarella.com.br]
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