Filósofos e sociólogos fazem parte do DNA das nações do mundo. No Brasil, não é diferente, eles também ajudaram a construir nossa história


Sociologia: seu estudo, por definição, engloba a análise dos fenômenos de interação entre os indivíduos, as formas internas de estrutura (as camadas sociais, a mobilidade social, os valores, as instituições, as normas, as leis), os conflitos e as formas de cooperação geradas através das relações sociais.

Filosofia: também, por definição, ajuda a desvendar os mistérios e histórias da existência humana. Contribui para a compreensão da razão fundamental para tudo o que existe. 

A partir dela surge a ciência que é o conhecimento científico por sua própria natureza.

Analisando os dois conceitos fica claro que ambas as disciplinas são importantíssimas para a construção dos cidadãos, não? Fica evidente que tais conhecimentos preparam os indivíduos para o convívio em sociedade, para a lida – racional – com problemas / adversidades que possam surgir ao longo da existência, certo?

Pois é, mas, mesmo diante desses princípios inquestionáveis, recentemente, o presidente Jair Bolsonaro e seu novo ministro da Educação – Abraham Weintraub – concordaram em descentralizar e reduzir os investimentos do governo para os cursos de Filosofia e Sociologia nas faculdades brasileiras.

De acordo com o mandatário, a providência visa “respeitar o dinheiro do pagador de impostos”. Ele também informou que as prioridades de sua gestão serão as áreas de Engenharia, Medicina e Medicina Veterinária.

Partidarismos à parte, focando – exclusivamente – no que interessa, que é a Educação, não se pode ignorar que as graduações de Filosofia e Ciências Sociais existem há décadas e já formaram alguns dos nomes mais relevantes do pensamento e da vida pública brasileira. Alguns, inclusive, mudaram – para sempre – a história do país.

Fernando Henrique Cardoso, por exemplo, duas vezes presidente, ex-ministro da Fazenda e das Relações Exteriores, além de senador, é um dos sociólogos mais conhecidos pela população brasileira. Formado no curso de Ciências Sociais da Universidade de São Paulo teve uma larga produção acadêmica além de sua carreira política. Lecionou em universidades francesas, americanas e britânicas, mas é mais conhecido por sua carreira como professor e pesquisador na própria USP, onde se tornou professor emérito. 

Idealizador do Plano Real como ministro de Itamar Franco, ele foi o primeiro presidente reeleito no Brasil.

Outro exemplo é Betinho, ou Herbert José de Sousa. Foi um dos mais importantes ativistas brasileiros no século XX, especialmente por conta da criação de projetos como a “Ação da Cidadania” e o Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas, o Ibase. Formado em Ciências Sociais pela Universidade Federal de Minas Gerais, Betinho se destacou pela luta contra a desigualdade econômica e pela reforma agrária. Também foi figura importante – já no fim da vida – para a conscientização e o combate à AIDS no Brasil. Ele contraiu a doença no final dos anos 80 após uma transfusão de sangue.

Mais um?

Antonio Candido. 

Sociólogo formado pela USP foi um dos mais importantes críticos literários da história do Brasil. Venceu diversos dos mais importantes prêmios da Língua Portuguesa, como o Jabuti, o Machado de Assis e o Camões. Mais conhecido do grande público por seu livro “Formação da Literatura Brasileira”, Candido escreveu dezenas de outras obras e lecionou por quase cinco décadas, formando gerações de estudiosos da literatura e sociólogos no Brasil.

E existem muitos outros para serem citados.

Não parece claro que o investimento nas áreas de Filosofia e Sociologia é fundamental para garantir que – no futuro – continuemos contando com pensadores que possam melhorar, como um todo, as condições de vida no país?

Para refletir.


[Fonte: https://epoca.globo.com]




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