É bem comum encontrarmos, nas escolas – e até já nas universidades – estudantes que, diante de notas baixas, se lamentam dizendo que “não nasceram para a Matemática”.
Será que isso procede? Cientistas vêm tentando – já há algum tempo – derrubar a ideia de que chegamos ao mundo já devidamente “programados” para gostar (ou não) da referida ciência exata.
"Há algumas razões pelas quais acreditamos que somos ruins em Matemática, e a primeira é a ideia equivocada de que ou você nasce com um 'cérebro matemático' ou não terá aptidão", diz Jo Boaler, da Universidade de Stanford (EUA), autora e pesquisadora do ensino da Matemática.
"Muitos são os que acreditam fortemente nisso, o que faz com que, já na primeira vez que enfrentem alguma dificuldade passem a pensar que, de fato, não contam com ‘cérebro matemático'. Está consolidada, a partir daí, uma visão negativa do indivíduo sobre si", continua Boaler.
A cientista ainda sublinha que, muitas vezes, por ser ensinada de uma forma “profundamente chata”, a Matemática adquire contornos de matéria sem sentido, o que acaba por afastar as pessoas.
Tal combinação – percepções pessoais e modelos de ensino – resultou em muitos danos. Para muitas gerações.
Mas como, então, tornar o ensino da Matemática, digamos, mais palatável?
Boaler defende que a matéria passa a fazer muito mais sentido para estudantes se for ensinada de forma visual (com desenhos, cubos, barbantes), com trabalhos em equipe que sejam criativos e colaborativos. E que os erros cometidos ao longo do aprendizado precisam ser exaltados em vez de condenados.
É fato que, em muitas aulas tradicionais de Matemática, a valorização – em excesso – é pela rapidez com que os alunos resolvem os exercícios. Para os que não conseguem acompanhar o ritmo, tal hábito constitui um enorme desestímulo.
"Muitas crianças que poderiam ter um ótimo futuro na Matemática acabam desistindo por achar que não são rápidas o bastante, quando, na verdade, os próprios matemáticos são lentos e complacentes em relação à disciplina", diz Boaler.
A professora de Stanford conta, ainda, que outra descoberta libertadora da Neurociência foi a de que nosso cérebro cresce muito mais quando estamos nos esforçando e cometendo erros, embora a sensação – durante esse processo – seja ruim.
Mas como fazer para que o mito “não nasci para a Matemática” deixe de se perpetuar?
A pesquisadora recomenda que os pais – ainda que não suportem a Matemática – passem uma mensagem positiva aos filhos, ou seja, que mostrem-se entusiastas do referido aprendizado, ainda que estejam fingindo.
Se – quando estiverem diante de questões relativas à ciência exata em questão – estudantes forem ensinados que, ao saírem de suas zonas de conforto e se esforçarem, estarão, em verdade, contribuindo para que seus cérebros formem conexões mais fortes, a grande (e importantíssima) mensagem que receberão será a de que tudo, absolutamente tudo, é difícil antes de se tornar fácil.
E com a Matemática não é diferente.
[Fonte: G1 // Educação]
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