Atenção, momento-morbidez! Com o intuito de contribuir com investigações policiais, um grupo de pesquisadores australianos decidiu monitorar – por 17 meses e por meio de câmeras – um cadáver! E o que eles descobriram? Que, mesmo sem vida, corpos humanos seguem se movimentando após a morte. Por meses a fio.
Urghsss...(a gente alertou que o assunto era mórbido)!
Por quase um ano e meio (por 17 meses, para sermos mais precisos) – e por meio da Instalação Australiana de Pesquisa Experimental Tafonômica (AFTER, na sigla em inglês) – a pesquisadora Alyson Wilson monitorou um corpo através de câmeras que, a cada 30 minutos, filmavam o cadáver.
A descoberta foi – como poderíamos dizer? – impactante.
“O que descobrimos foi que os braços estavam se movendo – significativamente – de modo que os membros que começavam ao lado do corpo (esticados) terminavam na lateral do corpo (dobrados)”, disse a especialista.
É certo que sempre se espera algum movimento post-mortem nos estágios iniciais da decomposição, mas a surpresa ficou por conta do registro de tal fenômeno ao longo de toda a duração das filmagens.
Em entrevistas à imprensa, a cientista disse que ela e sua equipe concluíram que tais movimentos se relacionam com o processo de decomposição, ou seja, “a atividade dentro da sepultura” se dá à medida que o corpo mumifica e os ligamentos secam.
Mas, afinal, por que a descoberta pode ajudar em investigações policiais?
Porque, segundo Wilson, o fenômeno ensina às autoridades uma nova maneira de investigarem mortes. A descoberta de que corpos se movimentam pode mudar – totalmente – a forma como cientistas forenses interpretam cenas de crimes, especialmente quando os restos humanos são descobertos depois de algum tempo.
Até a divulgação da “novidade” para o mundo, a menos que ficasse evidenciada deslocação do cadáver, em geral, os especialistas forenses partiriam do princípio de que a posição em que o corpo foi descoberto seria a mesma em que estava na hora da morte.
“Os resultados dessa pesquisa são muito importantes para ajudar na aplicação da lei, a resolver crimes e também a auxiliar nas investigações de desastres”, afirmou a pesquisadora.
É quase como se, ao elaborar laudo sobre uma morte, diante da pergunta “mas é certeza?”, agora a polícia fosse obrigada a responder “Sim, é certeza. Só que não”.
[Fonte: imprensapublica.com.br]
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